terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Conceição de Ibitipoca




Conceição de todos nós
                   Tiago Rattes



As suas sinuosidades coloniais estreitam suas ruas de terra e pedra
Suas subidas direcionam os olhos até o céu
Na fachada de tuas rudes casas,
surgem expressas as agonias dos desbravadores
Chora vontade!

Não há quem não tenha sido bem recebido por ti
Nos seus botecos de mesas de ferro
Nas cachaças envelhecidas que rejuvenescem
Nos olhos aflitos que nos emudecem
Não há quem não vindo aqui so uma vez,
não tenha sido abraçado pelo seus tentáculos de prazer e aconchego

Eu me emudeço quando estou em ti
Me calo diante a sabedoria de um povo
Me calo diante aos sonhos bandeirantes
Me calo diante os mistérios inebriados,
prazerosamente pelas prosas de bar
Alimento meu corpo e minha alma

Um pedaço de galáxia chamado Minas Gerais
Uma célula de um universo voraz que me resguarda e me fortalece
Conceição de Ibitipoca,
um coração a bater na serra
Digo ser minha e o lobo guará diz ser dele



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